Projeto Humanæ, de Angélica Dass

“Me empresta o lápis cor de pele?”

A frase, tão comum por muitos anos nas salas de aula, serviu como ponto de partida para uma experiência transformadora vivida pelos alunos das turmas 1 dos ramos brasileiro e alemão, durante as aulas de Artes, com as professoras Renata Siciliano e Deise Hoffmann.

Historicamente, o “lápis cor de pele” era associado a um único tom: um rosa claro que, de forma silenciosa, reforçava uma visão limitada sobre a diversidade humana. Nos últimos anos, porém, essa percepção vem mudando, tanto por parte da indústria quanto pela ação de artistas e educadores comprometidos com a ampliação desse olhar.

Entre essas iniciativas, destaca-se o projeto Humanæ, da artista brasileira Angélica Dass. Seu trabalho fotográfico investiga as diferentes tonalidades reais de pele ao redor do mundo, utilizando a paleta industrial Pantone® para revelar, com precisão e sensibilidade, a pluralidade que compõe a humanidade. Cada retrato é acompanhado por um fundo com a cor exata retirada de uma pequena amostra da pele da pessoa fotografada, criando um impacto visual direto e questionador.

Os alunos observaram em sala o processo criativo de Angélica Dass e participaram de conversas sobre identidade, etnia, representação e diversidade.