Reflexões e aprendizagens no Mês da Consciência Negra
Durante todo o mês de novembro, a Escola Alemã Corcovado promoveu uma série de atividades pedagógicas em reflexão ao Dia da Consciência Negra, reforçando o compromisso com a valorização da diversidade, o respeito às identidades e o reconhecimento das contribuições africanas e afro-brasileiras para a formação cultural do Brasil.
As ações envolveram diferentes segmentos da escola e promoveram uma construção coletiva de conhecimento, sensibilidade e diálogo. Confira algumas das ações:
Educação Infantil:
Na Educação Infantil, as crianças participaram de vivências que ampliaram o repertório cultural e afetivo, explorando práticas que dialogam com valores e tradições de culturas africanas.
Filosofia Ubuntu
Baseada na ideia “eu sou porque nós somos”, as turmas refletiram sobre coletividade, empatia, cuidado com o outro e pertencimento, a partir de diferentes dinâmicas e rodas de conversa.
Adinkras
As crianças conheceram os Adinkras, conjunto de símbolos tradicionais da cultura Akan, que representam ideias presentes em provérbios e ensinamentos. Após esse estudo, criaram seus próprios símbolos, atribuindo significados e compartilhando interpretações.
Brincadeiras Africanas
Jogos e brincadeiras de diferentes países africanos também fizeram parte da programação, permitindo que os alunos vivenciassem ritmo, expressão corporal, música e cooperação de forma lúdica e significativa.
Turmas 1:
As turmas fizeram a exposição “Humanae” , projeto artístico da fotógrafa Angélica Dass, que retrata a diversidade humana por meio de uma escala de cores de pele inspirada no padrão cromático Pantone.
A mostra reforça a pluralidade das identidades, desconstruindo estereótipos e convidando à reflexão sobre raça, pertencimento e humanidade. Os alunos participaram de conversas guiadas e atividades complementares, estimulando debates sobre igualdade, autorrepresentação e respeito às diferenças.
As turmas também realizaram uma saída pedagógica ao Instituto TEAR, onde vivenciaram atividades artísticas e narrativas com foco em elementos culturais africanos e afro-brasileiros. A partir dessa experiência, produziram, em sala de aula, trabalhos inspirados na lenda Ubuntu, que apresenta o valor “eu sou porque nós somos”, fundamental para os povos Bantu.
Ao longo do 4º bimestre, as turmas também desenvolveram um projeto baseado no livro Guerreiras do Sim, de Luana Génot e Letícia Moreno. A partir da pergunta “somos iguais ou diferentes?”, os estudantes refletiram sobre as relações étnico-raciais e sobre como a diversidade está presente em nosso cotidiano.
Turmas 4:
tiveram uma aula especial com o professor de Geografia Marcelo Alonso, que abordou o tema da intolerância religiosa. Os estudantes aprofundaram seus conhecimentos sobre o sincretismo religioso como forma de resistência dos povos de origem africana e conheceram dados atuais sobre casos de racismo religioso no Brasil.
As turmas também realizaram uma saída pedagógica à região conhecida como Pequena África, no centro do Rio de Janeiro. Acompanhados pelas equipes da EAC e da Mask Educação, visitaram o Largo de São Francisco da Prainha, a Pedra do Sal, o Cais do Valongo, o Instituto dos Pretos Novos (IPN) e o Museu de História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab). O passeio complementou os estudos realizados em sala, que envolveram temas como a diáspora africana, a estrutura colonial escravagista e as formas de resistência à escravidão.
Em Estudos Sociais, as turmas também aprenderam sobre invenções e contribuições de diferentes países africanos. Divididos em grupos, pesquisaram a história e a atualidade de diversas nações do continente e produziram uma exposição informativa para a comunidade escolar.
Turmas 5:
A estética e o simbolismo de Rubem Valentim
As Turmas 5, do ramo brasileiro, estudaram a obra de Rubem Valentim, importante pintor, escultor, gravador e professor brasileiro, considerado uma referência no construtivismo brasileiro.
Seu trabalho faz diálogos profundos com símbolos das culturas de matrizes africanas e com tradições populares do Nordeste brasileiro. Geometria, cores intensas, simetria e signos simbólicos marcaram as produções realizadas pelos alunos, que criaram composições inspiradas na estética singular do artista.
As atividades realizadas ao longo de novembro reafirmam o compromisso da Escola Alemã Corcovado com uma educação plural, crítica e humanizada.
Por meio da arte, da filosofia, da ludicidade, da observação e do diálogo, nossas turmas puderam aprofundar conhecimentos, ampliar perspectivas e refletir sobre a importância da diversidade na construção de uma sociedade mais justa.







